EMBOLOTERAPIA VASCULAR

Conceito:

Defini-se embolização como a introdução de diversas substâncias dentro da circulação sanguínea com propósito de obstruir a luz do vaso. É também utilizada para deter, prevenir hemorragias, desvitalizar uma estrutura, tumor ou órgão, ocluindo seu aporte de sangue ou reduzindo o fluxo para uma malformação arteriovenosa. Atualmente, o conceito de embolização deveria considerara também o uso desta técnica para transportar células (transplante de ilhotas, células hepáticas) e material genético como tratamento de diversas doenças. A embolização em geral contempla três tipos de objetivos: adjuvante, curativa-definitiva e paliativa. A embolização adjuvante, como seu nome indica, colabora com outros procedimentos ou técnicas para o tratamento de determinada enfermidade. Esta mobilidade de embolização pode ser prévia à cirurgia oncológica ou malformativa para minimizar o risco de hemorragia, complementar a radioquimioterapia no tratamento de certos tumores ou, ainda, previamente às técnicas endovasculares intervencionistas. A embolização com intenção curativa se pratica, fundamentalmente, na doença hemorrágica e no tratamento de malformações vasculares, fístulas arteriovenosas e aneurismas. Também com objetivos curativos, neste capítulo se deveriam incluir o transporte celular ou de material genético. Como o objetivo é ser paliativo, pode-se utilizar a embolização em processos neoplásicos (tumores) sangrantes, não com fim de curar, mas com o objetivo de evitar a hemorragia ou ser paliativos em grandes malformações para reduzir o risco de sangramento, etc.

MATERIAIS PARA EMBOLIZAÇÃO

Em radiologia intervencionista o termo "embolização" significa a oclusão de um vaso mediante a introdução de um corpo estranho ou tecido no interior da luz vascular, com o intuito de interromper o fluxo sanguíneo de forma mecânica ou por meio de uma intensa reação inflamatória.

Os agentes embolizantes de uso corrente possuem origem diversa, e devem ser escolhidos pelo médico devidamente qualificado e que vai executar o procedimento.

DISPOSITIVOS SELANTES DO LOCAL DE PUNÇÃO ARTERIAL (HEMOSTÁTICOS)

Os dispositivos selantes facilitam o fechamento do local de abertura produzido pela punção na parede arterial sem necessidade de medidas de compressão. Permitem a mobilização da extremidade puncionada em 2 a 4 horas e a deambulação precoce do doente.

Diminuem significativamente os riscos de sangramento local, pseudoaneurismas, fístulas artério-venosas e hematomas pós-procedimento.

E está se tornando imprescindível nos procedimentos com uso de fibrinolíticos e pacientes que necessitam ficar heparinizados.

ENDOPRÓTESES REVESTIDAS

Basicamente, as modernas endopróteses chamadas de próteses recobertas ou stents-grafts possuem, além do elemento metálico, um recobrimento de tecido que pode ser dácron, e-PTFE, poliéster ou outros tipos. Seu uso visa direcionar o fluxo sanguíneo através do enxerto (tecido), tendo o suporte externo do stent. A estrutura das endopróteses revestidas mais utilizadas leva o nitinol como liga de escolha, podendo-se encontrar o aço em algumas delas. Quanto ao aspecto da fixação proximal, vale citar para as endopróteses de aorta, que alguns modelos apresentam além da força radial relativa a seu corpo,a presença de ganchos de auxílio da fixação (Barbs ou Barbelas). Têm sido utilizadas em estenoses complexas e extensas, oclusões, pseudo-aneurismas, aneurismas, desvio de fluxo, fístulas, traumas, pontes vasculares, etc.

No caso os aneurismas de aorta, considerar que, apesar da maioria das próteses ter tamanhos predeterminados, é possível obtê-las sob medida com o fabricante.